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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Resumo do livro: Para Ler o Pato Donald

Capa do livro.



     Para Ler o Pato Donald, de Ariel Dorfman e Armand Mattelart, fruto do período Allende no Chile, é uma contribuição ao reestudo e surgimento de outros trabalhos analisando o fenômeno das comunicações de massa. É um livro de alta qualidade, principalmente quando examina a influência exercida pelos produtos de Walter Disney na educação e no relacionamento social de crianças de todo o mundo. “Uncle Scrooge”, inspirado no célebre conto de Natal de Charles Dickens, foi rebatizado e se tornou o famoso “Tio Patinhas” no Brasil. Neste livro os autores desvendam a verdadeira face do Pato Donald, do Tio Patinhas e de toda a galeria de tipos da Disney.
     A idéia de Dorfman e Mattelart era justamente denunciar a ideologia imperialista que dominava as aparentemente inocentes histórias infantis de Disney.
A primeira descoberta dos autores foi com relação à vida familiar. Não há nenhum vínculo familiar direto nas histórias de Pato Donald e Companhia. Todos são tios ou sobrinhos de alguém.

     Além de não ter laços familiares diretos, os personagens são movidos apenas pela ambição do dinheiro. Não há relações de amizade desinteressada, apenas relações comerciais.
     O livro é feito sobre o viés marxista. Já na introdução eles deixam claras suas posições, através da ironia: “Os responsáveis do livro serão definidos como soezes e imorais (enquanto o mundo de Walt Disney é puro), como arquicomplicados e enredadíssimos na sofisticação e refinamento (enquanto Walt é franco, aberto e leal), membros de uma elite envergonhada (enquanto Disney é o mais popular de todos), como agitadores políticos (enquanto o mundo de W. Disney é inocente e reúne harmoniosamente todos em torno de colocações que nada têm a ver com os interesses partidários), como calculistas e amargurados (enquanto que Walt D. é espontâneo e emotivo, faz rir e ri), como subversivos da paz do lar e da juventude (enquanto W.D. ensina a respeitar a autoridade superior do pai, amar seus semelhantes e proteger os mais fracos), como antipatrióticos (porque sendo internacional, o sr. Disney representa o melhor de nossas mais caras tradições autóctonas) e por fim, como cultivadores da “ficção-marxista”, teoria importada de terras estranhas por “facínoras forasteiros” renhidas com o espírito nacional (porque o tio Walt está contra a exploração do homem e prevê a sociedade sem classes no futuro).
     A obra trata de temas como a falta de progenitores nos quadrinhos Disney, a relação com o universo feminino, a busca incessante das personagens pelo ouro, o dinheiro como fim último em praticamente todas as histórias, como são retratados os países para qual as personagens viajam entre outros. Muito válido para quem deseja conhecer um pouco mais do universo Disney e sobre a utilização de quadrinhos como meio de propaganda de ideologias.

Exemplificando a Caricatura e a Charge

Caricaturas


Amy winehouse e Paris Hilton
William Bonner




Ronaldinho Gaúcho
Sylvester Stallone






Charges

Por: Néo Correia
Por: Sinfrônio
Por: Jean

A Caricatura e a Charge

Charge


     A charge é um desenho ou uma pequena história em quadrinhos que possui um caráter humorístico e crítico. Destacam-se pela criatividade e abordagem de temas da atualidade. Os personagens geralmente são desenhados seguindo o estilo de caricaturas.

     As charges são elaboradas por desenhistas e podem retratar diversos temas como, por exemplo, assuntos cotidianos, política, futebol, economia, ciência, relacionamentos, artes, consumo, etc.
     As charges costumam ser publicadas em jornais, revistas, livros, etc. Com o desenvolvimento da Internet, apareceram vários sites especializados em apresentar charges animadas elaboradas em linguagem flash.



Charge do século XIX, século em que foi criado.



Caricatura

     A caricatura é um desenho de um personagem da vida real, tal como políticos e artistas. Porém, a caricatura enfatiza e exagera as características da pessoa de uma forma humorística, assim como em algumas circunstâncias acentua gestos, vícios e hábitos particulares em cada indivíduo.
     Historicamente a palavra caricatura vem do italiano caricare (carregar, no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção).
     A caricatura é a filha do expressionismo, onde o artista desvenda as impressões que a índole e a alma deixaram na face da pessoa.
     A distorção e o uso de poucos traços são comuns na caricatura. Diz-se que uma boa caricatura pode ainda captar aspectos da personalidade de uma pessoa através do jogo com as formas. É comum sua utilização nas sátiras políticas; às vezes, esse termo pode ainda ser usado como sinônimo de grotesco (a imaginação do artista é priorizada em relação aos aspectos naturais) ou burlesco.

Primeira Caricatura do Brasil, feita em 1836.

Minha Carta do Leitor

Em construção

Exemplificando as Cartas dos Leitores

Carta do Leitor do Jornal O Globo

Carta do Leitor do Jornal Nordeste Gaúcho

Carta do Leitor do Jornal Nordeste Gaúcho

As Cartas dos Leitores

     As cartas dos leitores mostram opiniões e sugestões; debatem os argumentos levantados nos artigos e fazem críticas a respeito; trazem perguntas, reflexões, elogios, incentivos, etc. 
     Para o leitor é o meio de expor seu ponto de vista em relação ao assunto lido, para o veículo de informação é uma arma publicitária para saber o que está agradando a opinião pública. 
    Não há regras estabelecidas para se fazer uma carta no estilo “carta do leitor”, a não ser as que já são preconizadas, ou seja, recomendadas ao escrevermos a alguém: especifique o assunto e seja breve; trace previamente o objetivo da carta (opinar, sugerir, debater); escreva em uma linguagem clara, precisa e nunca faça uso de palavras de baixo calão, pois sua carta não será publicada.
   O objetivo do leitor ao escrever uma carta para um jornal da cidade ou uma revista de circulação nacional é tornar pública sua ideia e se sentir parte da informação. A carta do leitor é tão importante que pode ser fonte para uma nova notícia, uma vez que ao expor suas considerações a respeito de um assunto, o destinatário pode acrescentar outros fatos igualmente interessantes que estejam acontecendo e possam ser abordados! 
    Deve-se ter muito cuidado ao redigir uma carta, pois será lida por muitas pessoas. Por isso, revise o texto e observe com atenção se há clareza nas frases, se os períodos não estão muito longos e se não há repetições de ideias ou palavras, se há erros de pontuação e grafia. 

Minha Crônica

Em espera

Exemplificando a Crônica

O Homem Nu
Fernando Sabino



Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa.  Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém.   Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão.  Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...  Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não!  — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar.  Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador.  Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer?  Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso.  — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.



A crônica

     A crônica é um gênero literário que, a princípio, era um relato cronológico dos fatos sucedidos em qualquer lugar, isto é, uma narração de episódios históricos. Era a chamada "crônica histórica" (como a medieval). Essa relação de tempo e memória está relacionada com a própria origem grega da palavra, Chronos, que significa tempo. Portanto, a crônica, desde sua origem, é um relato em permanente relação com o tempo, de onde tira, como memória escrita, sua matéria principal, o que fica do vivido. 
     A crônica se afastou da História com o avanço da imprensa e do jornal. Tornou-se "Folhetim". O folhetim fazia parte da estrutura dos jornais, era informativa e crítica. Aos poucos foi se afastando e se constituindo como gênero literário: a linguagem se tornou mais leve, mas com uma elaboração interna complexa, carregando a força da poesia e do humor. 
      Ainda hoje há a relação da crônica e o jornalismo. Os jornais ainda publicam crônicas diariamente, mas seu aspecto literário já é indiscutível. O próprio fato de conviver com o efêmero propicia uma comunicação que deve ser reveladora, sensível, insinuante e despretensiosa como só a literatura pode ser. É uma forma de conhecimento de meandros sutis de nossa realidade e de nossa história. 
      No Brasil, a crônica se consolidou por volta de 1930 e atualmente vem adquirindo uma importância maior em nossa literatura graças aos excelentes escritores que resolveram se dedicar exclusivamente a ela, como Rubem Braga e Luís Fernando Veríssimo, além dos grandes autores brasileiros, como Machado de Assis, José de Alencar e Carlos Drummond de Andrade, que também resolveram dedicar seus talentos a esse gênero. Tudo isso fez com que a crônica se desenvolvesse no Brasil de forma extremamente significativa. 
      Na crônica, "Tudo é vida, tudo é motivo de experiência e reflexão, ou simplesmente de divertimento, de esquecimento momentâneo de nós mesmos a troco do sonho ou da piada que nos transporta ao mundo da imaginação. Para voltarmos mais maduros à vida...". 

Exemplificando o Artigo

Artigo do Jornal O Globo
Artigo do Jornal Gazeta do Sul

O Artigo


    Em Jornalismo, um artigo é um texto eminentemente opinativo publicado em seção destacada do conteúdo noticioso, para enfatizar que se trata de material não-jornalístico. Os autores recorrentes de artigos são chamados de articulistas. Em jornais impressos, é normal que os editores convidem personalidades da sociedade (especialistas, intelectuais, autoridades) para escrever artigos sobre temas específicos do noticiário, sem remuneração.         
    Entre leigos, é comum confundir artigo com matéria e tratar ambos os termos como sinônimos, o que é um erro. Tampouco é sinônimo de coluna, que se caracteriza por ser um espaço permanente reservado para textos do mesmo autor. Articulistas, em geral, não são jornalistas.
     Os artigos contêm comentários, análises, críticas, contrapontos, e às vezes ironia e humor. Há artigos tanto na mídia impressa (jornais, revistas) quanto em rádio e televisão.
     Muitas vezes, os artigos não refletem necessariamente a opinião do jornal, e as empresas costumam não assumir responsabilidade por eles.
   No Brasil, não é mais obrigatório possuir diploma de Jornalismo para o exercício da profissão, mas qualquer pessoa pode ser articulista, independentemente da formação profissional.

Exemplificando o Editorial

Editorial do Jornal O Estado de São Paulo

Editorial de Moda

Editorial de Jornal

Características e técnicas de redação do Editorial

 Características


 Impessoalidade: com o objetivo de manter a impessoalidade é empregada na redação do editorial a terceira pessoa ou a primeira do pural;
Topicalidade / tematização: o editorial é redigido a partir de um tema de relevância para os leitores do jornal;
Condensalidade: poucas idéias, dando maior ênfase às afirmações que às demonstrações;
Plasticidade: flexibilidade, não-dogmatismo


                                         Técnicas de Redação



Tecnicamente o editorial parte de um axioma que será demonstrado em toda a sua evidência, conforme o ponto de vista do jornal.

Comparando a estrutura técnica dos gêneros, pode-se afirmar que a notícia informativa precisa conter basicamente as respostas pertinentes ao Que, Quem, Quando. Mas o Interpretativo e o Opinativo precisam aprofundar-se no Como e no Porque, pois se trata de argumentar para chegar a uma conclusão lógica.
O axioma a ser discutido pode ser inspirado numa notícia ou declaração do dia. Uma vez exposta à informação, em curtas linhas, parte-se para a argumentação, sobrepondo linhas de raciocínio cuja estrutura vai depender do perfeito domínio do redator sobre o texto.
Ao final é preciso que a argumentação caminhe para uma conclusão sobre os pontos de vista defendidos no texto, confirmando ou negando a tese por meio da antítese.

O Editorial

Os editoriais são textos de um jornal em que o conteúdo expressa a opinião da empresa, da direção ou da equipe de redação, sem a obrigação de se ater a nenhuma imparcialidade ou objetividade. Geralmente, grandes jornais reservam um espaço pré-determinados para os editoriais em duas ou mais colunas logo nas primeiras páginas internas. Os boxes dos editoriais são normalmente demarcados com uma borda ou tipologia diferente para marcar claramente que aquele texto é opinativo, e não informativo. Editoriais maiores e mais analíticos são chamados de artigos de fundo. O profissional da redação encarregado de redigir os editoriais é chamado de editorialista. O editorial é dirigido por um redator que não trabalha no setor de notícias.
Segundo Barbosa & Rabaça (2001, p. 255), o editorial pode ser definido como um “texto jornalístico opinativo, escrito de maneira impessoal e publicado sem assinatura, referente a assuntos ou acontecimentos locais, nacionais ou internacionais de maior relevância”. Na maior parte dos jornais nacionais, estaduais e regionais o editorial vem publicado na página 2.
Marques de Melo (2003, p. 103-104), aponta que o editorial “é o gênero jornalístico que expressa a opinião oficial de empresa diante dos fatos de maior repercussão no momento”. O mesmo autor, entretanto, aponta que a natureza do editorial como “porta-voz” da empresa jornalística precisa ser melhor compreendida e definida.
Dessa forma, é preciso considerar que o editorial não reflete a “opinião da empresa”, mas dos “diferentes núcleos que participam da propriedade da organização”.

Editorial da Revista Teen Vogue

O Gênero Opinativo

Os textos desse gênero têm a função de difundir opiniões. Têm objetivo persuasivo. Agrupam-se na área da opinião, tem a estrutura da mensagem co-determinada por variáveis controladas pela instituição jornalística. Assumem duas feições: autoria (quem emite a opinião) e angulagem (perspectiva temporal ou espacial que dá sentido à opinião).

Textos do Gênero Opinativo:


Editorial;
Artigo;
Crônica;
Opinião Ilustrada;
Opinião do leitor.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Minha Entrevista com: Camilo Aggio


Camilo Aggio


     Com o intuito de saber um pouco mais sobre o mundo da internet como um grande meio de  distribuição de informação, foi realizada com os alunos do II semestre de Comunicação Social, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, uma entrevista coletiva com o pesquisador de campanhas online, mestrando em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom - UFBA), Camilo Aggio. 
   Ao ser questionado acerca das vantagens e desvantagens das novas tecnologias da comunicação nas campanhas eleitorais 2010, Camilo disse que não vê desvantagens nas campanhas online para os cidadãos, na medida em que grande parte da utilização que se tem feito de recursos e ferramentas ligados à internet por partidos e candidatos acaba por promover um maior número de informação política relevante como projetos, posicionamentos, e que sejam mais transparentes e tem possibilitado mais críticas dos eleitores.
     Para ele, a utilização das redes sociais não abrange apenas os jovens e não tem uma faixa etária definida. As pessoas que estão no twitter, e que desenvolvem conversas nas redes sociais em torno dos temas políticos eleitorais não são apenas jovens. Todo mundo que está ali na internet, que utiliza das redes sociais ou consome informação através dos portais de informação são afetados por um volume muito maior de informação que não parte apenas das campanhas nem dos veículos de informação, mas de comentários que se fazem e das informações que se produzem em blogs independentes e que são divulgadas e propagadas através das redes sociais.
     A respeito dos cuidados que os candidatos devem ter ao usar os meios de comunicação para divulgar as propostas, o entrevistado afirma que a internet possibilita que os partidos e candidatos tenham controle total e absoluto sobre o tempo e espaço que utilizam para tratar de política e propostas públicas. Tem uma utilização muito íntima ainda e também tem haver com a nossa futura política que ainda não exigimos que as propostas fossem bem detalhadas, bem explorados. Eles devem tomar todo cuidado possível.
     A presença de Camilo Aggio na universidade foi importante para que os estudantes pudessem perceber o espaço que as redes sociais podem ocupar na sociedade, principalmente no campo da política.

Exemplificando a Entrevista

Entrevista concedida pelo pesquisador britânico Richard Lynn à revista Época.


    “Os ateus são mais inteligentes”

O cientista afirma que as pessoas de Q.I. mais alto tendem a questionar a existência de Deus
O pesquisador britânico Richard Lynn dedicou mais de meio século à análise da inteligência humana. Nesse tempo, publicou quatro best-sellers e se tornou um dos maiores especialistas no assunto. Nos últimos 20 anos, passou a investigar as relações entre raça, religião e inteligência. Ao publicar um trabalho na revista científica Nature, que sugeria que os homens são mais inteligentes, um grupo feminista o recepcionou em casa com o que ele chamou de salva de ovos. O mesmo aconteceu quando disse que os orientais são os mais inteligentes do planeta. “Faz parte do ofício de um cientista revelar o que as pessoas não estão prontas para receber”, diz. Ao analisar mais de 500 estudos, Lynn disse estar convencido da relação entre Q.I. alto e ateísmo. “Em cerca de 60% dos 137 países avaliados, os mais crentes são os de Q.I. menor”, disse. Seu trabalho será publicado em outubro na revista científica Intelligence.
ENTREVISTA - RICHARD LYNN



RICHARD LYNN
QUEM É 
Professor emérito e chefe do Departamento de Psicologia da Universidade do Ulster, na Irlanda do Norte 

O QUE 
Ph.D. pela Universidade de Cambridge, é um dos maiores especialistas em estudos de inteligência em raças e gêneros 

O QUE PUBLICOU 
Quatro livros sobre inteligência ligada à raça e ao sexo, entre eles Race Differences in Inteligence: an Evolutionary Analysis, e dezenas de artigos em revistas científicas, como a britânica Nature

ÉPOCA  Por que o senhor diz que pessoas inteligentes não acreditam em Deus?
Richard Lynn – Os mais inteligentes são mais propensos a questionar dogmas religiosos. Em geral, o nível de educação também é maior entre as pessoas de Q.I. maior (um Q.I. médio varia de 91 a 110). Se a pessoa é mais educada, ela tem acesso a teorias alternativas de criação do mundo. Por isso, entendo que um Q.I. alto levará à falta de religiosidade. O estudo que será publicado reuniu dados de diversas pesquisas científicas. E posso afirmar que é o mais completo sobre o assunto.
ÉPOCA  Segundo seu estudo, há países em que a média de Q.I. é alta, assim como o número de pessoas religiosas.
Lynn – Sim, mas são exceções. A média da população dos Estados Unidos, por exemplo, tem Q.I. 98, alto para o padrão mundial, e ao mesmo tempo cerca de 90% das pessoas acreditam em Deus. A explicação é que houve um grande fluxo de imigrantes de países católicos, como México, o que ajuda a manter índices altos de religiosidade nas pesquisas. Mas, se tirarmos as imigrações ao longo dos últimos anos, a população americana teria um índice bem maior de ateus, parecido com o de países como Inglaterra (41,5%) e Alemanha (42%).
ÉPOCA  Cuba é um país mais ateu que os Estados Unidos, mas o nível de Q.I. não é tão alto.
Lynn – Você tem razão. É outra exceção. Pela porcentagem de ateus (40%), o Q.I. (85) dos cubanos deveria ser mais alto que o dos americanos. Mas há também aí um fenômeno não natural que interferiu no resultado. Lá, o comunismo forçou a população a se converter. Houve uma propaganda forte contra a crença religiosa. Não se chegou ao ateísmo pela inteligência. A população cubana não se tornou atéia porque passou a questionar a religião. Foi uma imposição do sistema de governo.
ÉPOCA  E o Brasil, como está?
Lynn – O Brasil segue a lógica, um porcentual baixíssimo de ateus (1%) e Q.I. mediano (87). É um país muito miscigenado e sofreu forte influência do catolicismo de Portugal e dos negros da África. Fica difícil mensurar a participação de cada raça no Q.I. atual. O que posso dizer é que a história do país se reflete em sua inteligência.

                                                                                                                                                                           Por: Luciana Vicária, encontrado em:http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI9990-15295,00-OS+ATEUS+SAO+MAIS+INTELIGENTES.html
 Priscila Carvalho Bittencourt  10:13 0 comentários 

 

A entrevista


A entrevista pressupõe dois actos: o de entrevistar; e o da transcrição sob a forma de perguntas e respostas ou de relato do diálogo estabelecido entre o entrevistador e o entrevistado (tratando-se nesse caso de um diálogo espontâneo). Todavia, este diálogo deve ser orientado por parte do entrevistador para que o entrevistado não se perca em assuntos sobre os quais não foi interpelado. Uma boa entrevista deve fazer com que o entrevistado diga algo de novo ou aborde um assunto já batido numa nova perspectiva. No fundo, o que importa é que a entrevista traga uma mais valia ao conhecimento que o público em geral já dispõe. 























sábado, 16 de outubro de 2010

Resumo do livro: A prática da Reportagem - Ricardo Kotscho

Capa do livro


  

No livro “A prática da Reportagem, o jornalista Ricardo Kotscho, relata a vida de repórter, afirmando que a tarefa de tal profissional é a arte de informar para transformar.
Kotscho aborda o dia-a-dia da redação, a qual se baseia na produção de notícias a serem veiculadas. O repórter que cobre o dia-a-dia tem que ter a iniciativa. Com o crescimento dos jornais e das redações tornou-se necessária a instituição da pauta, mas, se por um lado a pauta serve para organizar e planejar melhor o jornal, por outro lado, levou à acomodação do repórter, que aos poucos foi se tornando uma figura passiva no processo.
O autor afirma também, que lugar de repórter (com pauta ou sem pauta) é na rua, pois é lá que as coisas acontecem e a vida se transforma em notícia.
A matéria vai descrevendo o que os jornalistas encontram pela frente. Os objetivos das matérias é fazer com que leitor viaje junto, fazendo com que o repórter cumpra sua função principal: colocar-se no lugar das pessoas que não podem estar lá, e contar que viu como se estivesse escrevendo uma carta a um amigo.
O autor relata também sobre o plantão de domingo e sobre os feriados, quando não há quase nada para noticiar. Quase sem pautas.
Se o assunto foge à rotina do dia-a-dia, o jornal monta um esquema especial de cobertura. Na maioria das vezes nem dá tempo para o repórter se preparar melhor e se informar bem sobre o fato que vai cobrir antes de sair para a rua. Ser convidado para cobrir um grande acontecimento pode significar a consagração ou o fracasso para qualquer repórter que estiver começando. Com um tempo vai se descobrindo que a essência do trabalho do repórter é a mesma.
Mais do que trabalho em si, é essa responsabilidade que provoca um permanente estado de tensão no repórter, enquanto ele não tem certeza de que seu material chegou à redação.
Nas coberturas no Exterior, não basta apenas relatar os fatos que aconteceram, é preciso também ajudar o leitor entender por que tais fatos estão ocorrendo, situando-os dentro de um contexto histórico e lembrando as características de cada país.
Tristeza e alegria são sentimentos que e alternam nos trabalhos de cobertura, e não há como o repórter ficar insensível, nem deve. Afinal, ele é antes de tudo um ser humano igual aos leitores, e precisa transmitir não só as informações, mas também as emoções dos acontecimentos que está cobrindo.
O ramo da reportagem mais difícil é o das chamadas matérias investigativas. É você procurar, descobrir e contar para todo mundo aquilo que se está querendo esconder da opinião pública.
Em qualquer época, uma das funções principais do Jornalismo é fiscalizar os poderes públicos, e é o repórter o encarregado desta tarefa. O trabalho do repórter nunca termina no ponto final da matéria que ele escreveu, ainda mais quando se trata de um assunto polêmico, delicado. O ideal, sempre, é o repórter participar de todo o processo, da pauta até a edição final.
Filão mais rico das matérias chamadas humanas, o perfil dá ao repórter a chance de fazer um texto mais trabalhado, seja sobre um personagem, um prédio ou uma cidade. Para isso, é necessário que ele se municie previamente sobre o tema de que vai tratar.
Cidade, Polícia, Política, Economia, educação e Saúde, Ciência e Tecnologia, Esportes, Artes e Espetáculos: os nomes podem variar de jornal para jornal, mas estas são as áreas em que habitualmente se divide a reportagem nas redações.
Nem sempre uma reportagem ajuda as pessoas na medida em que torna seu drama conhecido. Ao contrário pode acontecer de uma publicação prejudicar ainda mais pessoas que já são vítimas de uma injustiça. Aí surge o maior dilema do jornalista: contar ou não uma história real, que a sociedade tem o direito de conhecer, mas que essa mesma sociedade não encontra meios de consertar?
Kotscho termina o livro falando sobre a grande reportagem. A chamada grande reportagem está desaparecendo dos nossos jornais. Além de custarem caro na fase de produção, ocupa muito espaço, um espaço redacional cada vez mais rarefeito em todos os grandes jornais. E há cada vez menos repórteres dispostos a encarar o desafio de entrar de cabeça num assunto, esquecer tudo o mais, ara, no fim, ter prazer de contar uma boa história.

Minha Reportagem

                                                    O jovem e a escolha da profissão



Por: Priscila Carvalho Bittencourt
       Raíssa Novais
       Taís Pimenta



     Toda escolha pressupõe ricos e incertezas, principalmente quando se trata de escolher a profissão a ser seguida, sendo esse, o primeiro grande desafio do jovem. Optar por uma ocupação ou profissão implica a escolha de um futuro, por isso tal decisão torna-se muito importante. 
A fantasia, o sonho, a ilusão, presente na infância, passa a dar espaço, na adolescência, para outros fatores que irão influir na escolha da profissão. Agora é preciso assumir um papel no “mundo adulto”, e a vocação, influência da família, remuneração e o mercado de trabalho vêm intervir na decisão por uma carreira profissional. 
     “ Sabia desde pequena que queria cursar psicologia, quando tinha interesse na escola a resolverem questões internas (...)” 
     A isto que Gabriela Fernandes, 22 anos, estudante do VIII semestre de psicologia, se refere pode-se chamar de vocação. Há vários casos comuns a este de Gabriela, que desde muito cedo já sabia a carreira a seguir. Estes jovens, no momento da decisão, deixaram a “dom” falar mais alto à espera de uma futura realização profissional.
     Assumir um papel no “mundo adulto” inclui conquistar independência financeira, sendo assim ter uma profissão de importância social e bem remunerada é o futuro que a maioria dos jovens deseja. Sentir-se atraído por uma atividade que não traz estabilidade torna-se um dilema na escolha dos adolescentes, estes que por vezes, optam por uma profissão rentável e segura, ao invés daquela que os satisfazem.
     “Outro motivo, facilmente visível, é a pressão – que em sua maioria começa em casa – para a escolha de uma profissão de status. Medicina, Direito, Engenharia, é o sonho de diversos pais, que fazem disso o pesadelo dos seus filhos (...)” – Andrea Lima,
     É normal que o jovem tente atender as expectativas das pessoas significantes em sua vida, devido ao grau de afeto e envolvimento. Mas, por vezes, a família assume uma postura de expectativa que faz com que o adolescente se sinta cobrado. Alguns pais buscam realizar-se por meio de seus filhos. De maneira direta ou indireta, apoiando ou pressionando, a influência da família é um dos fatores determinantes na escolha da profissão.
     Toda jovem à procura de uma ocupação profissional,certamente, já escutou “o mercado de trabalho dessa área está saturado” ou “ está área oferece um amplo mercado de trabalho”; esta passa ser uma das preocupações presentes ao se fazer a escolha.
     “Senti medo por ser um curso que está saturado no mercado, mas mesmo sendo saturado é um curso que igualmente oferece oportunidades para o crescimento, cabe ao profissional se capacitar e aproveitar as oportunidades.” – Felipe Carvalho. 20 anos, estudante do III semestre de Administração.
     A posição socioeconômica, não generalizando, mas na maioria das vezes, acaba por influir na escolha da ocupação profissional. Alunos de escolas públicas tendem a optar pelas áreas de licenciatura e profissionalização técnica, por oferecem uma maior garantia de inserção no mercado de trabalho. A escolha profissional é uma decisão difícil, e a tecnologia, o advento da internet, vêm trazer mudanças na vida do pré- vestibulando. Se por um lado as informações disponibilizadas por ela podem ajudar, aumentando a probabilidade de escolha certa; por outro, as opções de cursos e carreiras se multiplicam podendo deixá-los ainda mais confusos, pois o jovem passa a ser bombardeado de sugestões, dicas, cobranças e informações.A orientação vocacional tem como papel, nesse sentido, facilitar o momento de escolha ao jovem, levando este, primeiramente, ao auto-conhecimento, pois somente assim poderão fazer escolhas conscientes.