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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Resumo do livro: Para Ler o Pato Donald

Capa do livro.



     Para Ler o Pato Donald, de Ariel Dorfman e Armand Mattelart, fruto do período Allende no Chile, é uma contribuição ao reestudo e surgimento de outros trabalhos analisando o fenômeno das comunicações de massa. É um livro de alta qualidade, principalmente quando examina a influência exercida pelos produtos de Walter Disney na educação e no relacionamento social de crianças de todo o mundo. “Uncle Scrooge”, inspirado no célebre conto de Natal de Charles Dickens, foi rebatizado e se tornou o famoso “Tio Patinhas” no Brasil. Neste livro os autores desvendam a verdadeira face do Pato Donald, do Tio Patinhas e de toda a galeria de tipos da Disney.
     A idéia de Dorfman e Mattelart era justamente denunciar a ideologia imperialista que dominava as aparentemente inocentes histórias infantis de Disney.
A primeira descoberta dos autores foi com relação à vida familiar. Não há nenhum vínculo familiar direto nas histórias de Pato Donald e Companhia. Todos são tios ou sobrinhos de alguém.

     Além de não ter laços familiares diretos, os personagens são movidos apenas pela ambição do dinheiro. Não há relações de amizade desinteressada, apenas relações comerciais.
     O livro é feito sobre o viés marxista. Já na introdução eles deixam claras suas posições, através da ironia: “Os responsáveis do livro serão definidos como soezes e imorais (enquanto o mundo de Walt Disney é puro), como arquicomplicados e enredadíssimos na sofisticação e refinamento (enquanto Walt é franco, aberto e leal), membros de uma elite envergonhada (enquanto Disney é o mais popular de todos), como agitadores políticos (enquanto o mundo de W. Disney é inocente e reúne harmoniosamente todos em torno de colocações que nada têm a ver com os interesses partidários), como calculistas e amargurados (enquanto que Walt D. é espontâneo e emotivo, faz rir e ri), como subversivos da paz do lar e da juventude (enquanto W.D. ensina a respeitar a autoridade superior do pai, amar seus semelhantes e proteger os mais fracos), como antipatrióticos (porque sendo internacional, o sr. Disney representa o melhor de nossas mais caras tradições autóctonas) e por fim, como cultivadores da “ficção-marxista”, teoria importada de terras estranhas por “facínoras forasteiros” renhidas com o espírito nacional (porque o tio Walt está contra a exploração do homem e prevê a sociedade sem classes no futuro).
     A obra trata de temas como a falta de progenitores nos quadrinhos Disney, a relação com o universo feminino, a busca incessante das personagens pelo ouro, o dinheiro como fim último em praticamente todas as histórias, como são retratados os países para qual as personagens viajam entre outros. Muito válido para quem deseja conhecer um pouco mais do universo Disney e sobre a utilização de quadrinhos como meio de propaganda de ideologias.

Exemplificando a Caricatura e a Charge

Caricaturas


Amy winehouse e Paris Hilton
William Bonner




Ronaldinho Gaúcho
Sylvester Stallone






Charges

Por: Néo Correia
Por: Sinfrônio
Por: Jean

A Caricatura e a Charge

Charge


     A charge é um desenho ou uma pequena história em quadrinhos que possui um caráter humorístico e crítico. Destacam-se pela criatividade e abordagem de temas da atualidade. Os personagens geralmente são desenhados seguindo o estilo de caricaturas.

     As charges são elaboradas por desenhistas e podem retratar diversos temas como, por exemplo, assuntos cotidianos, política, futebol, economia, ciência, relacionamentos, artes, consumo, etc.
     As charges costumam ser publicadas em jornais, revistas, livros, etc. Com o desenvolvimento da Internet, apareceram vários sites especializados em apresentar charges animadas elaboradas em linguagem flash.



Charge do século XIX, século em que foi criado.



Caricatura

     A caricatura é um desenho de um personagem da vida real, tal como políticos e artistas. Porém, a caricatura enfatiza e exagera as características da pessoa de uma forma humorística, assim como em algumas circunstâncias acentua gestos, vícios e hábitos particulares em cada indivíduo.
     Historicamente a palavra caricatura vem do italiano caricare (carregar, no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção).
     A caricatura é a filha do expressionismo, onde o artista desvenda as impressões que a índole e a alma deixaram na face da pessoa.
     A distorção e o uso de poucos traços são comuns na caricatura. Diz-se que uma boa caricatura pode ainda captar aspectos da personalidade de uma pessoa através do jogo com as formas. É comum sua utilização nas sátiras políticas; às vezes, esse termo pode ainda ser usado como sinônimo de grotesco (a imaginação do artista é priorizada em relação aos aspectos naturais) ou burlesco.

Primeira Caricatura do Brasil, feita em 1836.

Minha Carta do Leitor

Em construção

Exemplificando as Cartas dos Leitores

Carta do Leitor do Jornal O Globo

Carta do Leitor do Jornal Nordeste Gaúcho

Carta do Leitor do Jornal Nordeste Gaúcho

As Cartas dos Leitores

     As cartas dos leitores mostram opiniões e sugestões; debatem os argumentos levantados nos artigos e fazem críticas a respeito; trazem perguntas, reflexões, elogios, incentivos, etc. 
     Para o leitor é o meio de expor seu ponto de vista em relação ao assunto lido, para o veículo de informação é uma arma publicitária para saber o que está agradando a opinião pública. 
    Não há regras estabelecidas para se fazer uma carta no estilo “carta do leitor”, a não ser as que já são preconizadas, ou seja, recomendadas ao escrevermos a alguém: especifique o assunto e seja breve; trace previamente o objetivo da carta (opinar, sugerir, debater); escreva em uma linguagem clara, precisa e nunca faça uso de palavras de baixo calão, pois sua carta não será publicada.
   O objetivo do leitor ao escrever uma carta para um jornal da cidade ou uma revista de circulação nacional é tornar pública sua ideia e se sentir parte da informação. A carta do leitor é tão importante que pode ser fonte para uma nova notícia, uma vez que ao expor suas considerações a respeito de um assunto, o destinatário pode acrescentar outros fatos igualmente interessantes que estejam acontecendo e possam ser abordados! 
    Deve-se ter muito cuidado ao redigir uma carta, pois será lida por muitas pessoas. Por isso, revise o texto e observe com atenção se há clareza nas frases, se os períodos não estão muito longos e se não há repetições de ideias ou palavras, se há erros de pontuação e grafia. 

Minha Crônica

Em espera

Exemplificando a Crônica

O Homem Nu
Fernando Sabino



Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa.  Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém.   Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão.  Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...  Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não!  — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar.  Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador.  Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer?  Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso.  — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.



A crônica

     A crônica é um gênero literário que, a princípio, era um relato cronológico dos fatos sucedidos em qualquer lugar, isto é, uma narração de episódios históricos. Era a chamada "crônica histórica" (como a medieval). Essa relação de tempo e memória está relacionada com a própria origem grega da palavra, Chronos, que significa tempo. Portanto, a crônica, desde sua origem, é um relato em permanente relação com o tempo, de onde tira, como memória escrita, sua matéria principal, o que fica do vivido. 
     A crônica se afastou da História com o avanço da imprensa e do jornal. Tornou-se "Folhetim". O folhetim fazia parte da estrutura dos jornais, era informativa e crítica. Aos poucos foi se afastando e se constituindo como gênero literário: a linguagem se tornou mais leve, mas com uma elaboração interna complexa, carregando a força da poesia e do humor. 
      Ainda hoje há a relação da crônica e o jornalismo. Os jornais ainda publicam crônicas diariamente, mas seu aspecto literário já é indiscutível. O próprio fato de conviver com o efêmero propicia uma comunicação que deve ser reveladora, sensível, insinuante e despretensiosa como só a literatura pode ser. É uma forma de conhecimento de meandros sutis de nossa realidade e de nossa história. 
      No Brasil, a crônica se consolidou por volta de 1930 e atualmente vem adquirindo uma importância maior em nossa literatura graças aos excelentes escritores que resolveram se dedicar exclusivamente a ela, como Rubem Braga e Luís Fernando Veríssimo, além dos grandes autores brasileiros, como Machado de Assis, José de Alencar e Carlos Drummond de Andrade, que também resolveram dedicar seus talentos a esse gênero. Tudo isso fez com que a crônica se desenvolvesse no Brasil de forma extremamente significativa. 
      Na crônica, "Tudo é vida, tudo é motivo de experiência e reflexão, ou simplesmente de divertimento, de esquecimento momentâneo de nós mesmos a troco do sonho ou da piada que nos transporta ao mundo da imaginação. Para voltarmos mais maduros à vida...". 

Exemplificando o Artigo

Artigo do Jornal O Globo
Artigo do Jornal Gazeta do Sul

O Artigo


    Em Jornalismo, um artigo é um texto eminentemente opinativo publicado em seção destacada do conteúdo noticioso, para enfatizar que se trata de material não-jornalístico. Os autores recorrentes de artigos são chamados de articulistas. Em jornais impressos, é normal que os editores convidem personalidades da sociedade (especialistas, intelectuais, autoridades) para escrever artigos sobre temas específicos do noticiário, sem remuneração.         
    Entre leigos, é comum confundir artigo com matéria e tratar ambos os termos como sinônimos, o que é um erro. Tampouco é sinônimo de coluna, que se caracteriza por ser um espaço permanente reservado para textos do mesmo autor. Articulistas, em geral, não são jornalistas.
     Os artigos contêm comentários, análises, críticas, contrapontos, e às vezes ironia e humor. Há artigos tanto na mídia impressa (jornais, revistas) quanto em rádio e televisão.
     Muitas vezes, os artigos não refletem necessariamente a opinião do jornal, e as empresas costumam não assumir responsabilidade por eles.
   No Brasil, não é mais obrigatório possuir diploma de Jornalismo para o exercício da profissão, mas qualquer pessoa pode ser articulista, independentemente da formação profissional.

Exemplificando o Editorial

Editorial do Jornal O Estado de São Paulo

Editorial de Moda

Editorial de Jornal

Características e técnicas de redação do Editorial

 Características


 Impessoalidade: com o objetivo de manter a impessoalidade é empregada na redação do editorial a terceira pessoa ou a primeira do pural;
Topicalidade / tematização: o editorial é redigido a partir de um tema de relevância para os leitores do jornal;
Condensalidade: poucas idéias, dando maior ênfase às afirmações que às demonstrações;
Plasticidade: flexibilidade, não-dogmatismo


                                         Técnicas de Redação



Tecnicamente o editorial parte de um axioma que será demonstrado em toda a sua evidência, conforme o ponto de vista do jornal.

Comparando a estrutura técnica dos gêneros, pode-se afirmar que a notícia informativa precisa conter basicamente as respostas pertinentes ao Que, Quem, Quando. Mas o Interpretativo e o Opinativo precisam aprofundar-se no Como e no Porque, pois se trata de argumentar para chegar a uma conclusão lógica.
O axioma a ser discutido pode ser inspirado numa notícia ou declaração do dia. Uma vez exposta à informação, em curtas linhas, parte-se para a argumentação, sobrepondo linhas de raciocínio cuja estrutura vai depender do perfeito domínio do redator sobre o texto.
Ao final é preciso que a argumentação caminhe para uma conclusão sobre os pontos de vista defendidos no texto, confirmando ou negando a tese por meio da antítese.

O Editorial

Os editoriais são textos de um jornal em que o conteúdo expressa a opinião da empresa, da direção ou da equipe de redação, sem a obrigação de se ater a nenhuma imparcialidade ou objetividade. Geralmente, grandes jornais reservam um espaço pré-determinados para os editoriais em duas ou mais colunas logo nas primeiras páginas internas. Os boxes dos editoriais são normalmente demarcados com uma borda ou tipologia diferente para marcar claramente que aquele texto é opinativo, e não informativo. Editoriais maiores e mais analíticos são chamados de artigos de fundo. O profissional da redação encarregado de redigir os editoriais é chamado de editorialista. O editorial é dirigido por um redator que não trabalha no setor de notícias.
Segundo Barbosa & Rabaça (2001, p. 255), o editorial pode ser definido como um “texto jornalístico opinativo, escrito de maneira impessoal e publicado sem assinatura, referente a assuntos ou acontecimentos locais, nacionais ou internacionais de maior relevância”. Na maior parte dos jornais nacionais, estaduais e regionais o editorial vem publicado na página 2.
Marques de Melo (2003, p. 103-104), aponta que o editorial “é o gênero jornalístico que expressa a opinião oficial de empresa diante dos fatos de maior repercussão no momento”. O mesmo autor, entretanto, aponta que a natureza do editorial como “porta-voz” da empresa jornalística precisa ser melhor compreendida e definida.
Dessa forma, é preciso considerar que o editorial não reflete a “opinião da empresa”, mas dos “diferentes núcleos que participam da propriedade da organização”.

Editorial da Revista Teen Vogue

O Gênero Opinativo

Os textos desse gênero têm a função de difundir opiniões. Têm objetivo persuasivo. Agrupam-se na área da opinião, tem a estrutura da mensagem co-determinada por variáveis controladas pela instituição jornalística. Assumem duas feições: autoria (quem emite a opinião) e angulagem (perspectiva temporal ou espacial que dá sentido à opinião).

Textos do Gênero Opinativo:


Editorial;
Artigo;
Crônica;
Opinião Ilustrada;
Opinião do leitor.