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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Minha Entrevista com: Camilo Aggio


Camilo Aggio


     Com o intuito de saber um pouco mais sobre o mundo da internet como um grande meio de  distribuição de informação, foi realizada com os alunos do II semestre de Comunicação Social, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, uma entrevista coletiva com o pesquisador de campanhas online, mestrando em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom - UFBA), Camilo Aggio. 
   Ao ser questionado acerca das vantagens e desvantagens das novas tecnologias da comunicação nas campanhas eleitorais 2010, Camilo disse que não vê desvantagens nas campanhas online para os cidadãos, na medida em que grande parte da utilização que se tem feito de recursos e ferramentas ligados à internet por partidos e candidatos acaba por promover um maior número de informação política relevante como projetos, posicionamentos, e que sejam mais transparentes e tem possibilitado mais críticas dos eleitores.
     Para ele, a utilização das redes sociais não abrange apenas os jovens e não tem uma faixa etária definida. As pessoas que estão no twitter, e que desenvolvem conversas nas redes sociais em torno dos temas políticos eleitorais não são apenas jovens. Todo mundo que está ali na internet, que utiliza das redes sociais ou consome informação através dos portais de informação são afetados por um volume muito maior de informação que não parte apenas das campanhas nem dos veículos de informação, mas de comentários que se fazem e das informações que se produzem em blogs independentes e que são divulgadas e propagadas através das redes sociais.
     A respeito dos cuidados que os candidatos devem ter ao usar os meios de comunicação para divulgar as propostas, o entrevistado afirma que a internet possibilita que os partidos e candidatos tenham controle total e absoluto sobre o tempo e espaço que utilizam para tratar de política e propostas públicas. Tem uma utilização muito íntima ainda e também tem haver com a nossa futura política que ainda não exigimos que as propostas fossem bem detalhadas, bem explorados. Eles devem tomar todo cuidado possível.
     A presença de Camilo Aggio na universidade foi importante para que os estudantes pudessem perceber o espaço que as redes sociais podem ocupar na sociedade, principalmente no campo da política.

Exemplificando a Entrevista

Entrevista concedida pelo pesquisador britânico Richard Lynn à revista Época.


    “Os ateus são mais inteligentes”

O cientista afirma que as pessoas de Q.I. mais alto tendem a questionar a existência de Deus
O pesquisador britânico Richard Lynn dedicou mais de meio século à análise da inteligência humana. Nesse tempo, publicou quatro best-sellers e se tornou um dos maiores especialistas no assunto. Nos últimos 20 anos, passou a investigar as relações entre raça, religião e inteligência. Ao publicar um trabalho na revista científica Nature, que sugeria que os homens são mais inteligentes, um grupo feminista o recepcionou em casa com o que ele chamou de salva de ovos. O mesmo aconteceu quando disse que os orientais são os mais inteligentes do planeta. “Faz parte do ofício de um cientista revelar o que as pessoas não estão prontas para receber”, diz. Ao analisar mais de 500 estudos, Lynn disse estar convencido da relação entre Q.I. alto e ateísmo. “Em cerca de 60% dos 137 países avaliados, os mais crentes são os de Q.I. menor”, disse. Seu trabalho será publicado em outubro na revista científica Intelligence.
ENTREVISTA - RICHARD LYNN



RICHARD LYNN
QUEM É 
Professor emérito e chefe do Departamento de Psicologia da Universidade do Ulster, na Irlanda do Norte 

O QUE 
Ph.D. pela Universidade de Cambridge, é um dos maiores especialistas em estudos de inteligência em raças e gêneros 

O QUE PUBLICOU 
Quatro livros sobre inteligência ligada à raça e ao sexo, entre eles Race Differences in Inteligence: an Evolutionary Analysis, e dezenas de artigos em revistas científicas, como a britânica Nature

ÉPOCA  Por que o senhor diz que pessoas inteligentes não acreditam em Deus?
Richard Lynn – Os mais inteligentes são mais propensos a questionar dogmas religiosos. Em geral, o nível de educação também é maior entre as pessoas de Q.I. maior (um Q.I. médio varia de 91 a 110). Se a pessoa é mais educada, ela tem acesso a teorias alternativas de criação do mundo. Por isso, entendo que um Q.I. alto levará à falta de religiosidade. O estudo que será publicado reuniu dados de diversas pesquisas científicas. E posso afirmar que é o mais completo sobre o assunto.
ÉPOCA  Segundo seu estudo, há países em que a média de Q.I. é alta, assim como o número de pessoas religiosas.
Lynn – Sim, mas são exceções. A média da população dos Estados Unidos, por exemplo, tem Q.I. 98, alto para o padrão mundial, e ao mesmo tempo cerca de 90% das pessoas acreditam em Deus. A explicação é que houve um grande fluxo de imigrantes de países católicos, como México, o que ajuda a manter índices altos de religiosidade nas pesquisas. Mas, se tirarmos as imigrações ao longo dos últimos anos, a população americana teria um índice bem maior de ateus, parecido com o de países como Inglaterra (41,5%) e Alemanha (42%).
ÉPOCA  Cuba é um país mais ateu que os Estados Unidos, mas o nível de Q.I. não é tão alto.
Lynn – Você tem razão. É outra exceção. Pela porcentagem de ateus (40%), o Q.I. (85) dos cubanos deveria ser mais alto que o dos americanos. Mas há também aí um fenômeno não natural que interferiu no resultado. Lá, o comunismo forçou a população a se converter. Houve uma propaganda forte contra a crença religiosa. Não se chegou ao ateísmo pela inteligência. A população cubana não se tornou atéia porque passou a questionar a religião. Foi uma imposição do sistema de governo.
ÉPOCA  E o Brasil, como está?
Lynn – O Brasil segue a lógica, um porcentual baixíssimo de ateus (1%) e Q.I. mediano (87). É um país muito miscigenado e sofreu forte influência do catolicismo de Portugal e dos negros da África. Fica difícil mensurar a participação de cada raça no Q.I. atual. O que posso dizer é que a história do país se reflete em sua inteligência.

                                                                                                                                                                           Por: Luciana Vicária, encontrado em:http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI9990-15295,00-OS+ATEUS+SAO+MAIS+INTELIGENTES.html
 Priscila Carvalho Bittencourt  10:13 0 comentários 

 

A entrevista


A entrevista pressupõe dois actos: o de entrevistar; e o da transcrição sob a forma de perguntas e respostas ou de relato do diálogo estabelecido entre o entrevistador e o entrevistado (tratando-se nesse caso de um diálogo espontâneo). Todavia, este diálogo deve ser orientado por parte do entrevistador para que o entrevistado não se perca em assuntos sobre os quais não foi interpelado. Uma boa entrevista deve fazer com que o entrevistado diga algo de novo ou aborde um assunto já batido numa nova perspectiva. No fundo, o que importa é que a entrevista traga uma mais valia ao conhecimento que o público em geral já dispõe.