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sábado, 16 de outubro de 2010

Resumo do livro: A prática da Reportagem - Ricardo Kotscho

Capa do livro


  

No livro “A prática da Reportagem, o jornalista Ricardo Kotscho, relata a vida de repórter, afirmando que a tarefa de tal profissional é a arte de informar para transformar.
Kotscho aborda o dia-a-dia da redação, a qual se baseia na produção de notícias a serem veiculadas. O repórter que cobre o dia-a-dia tem que ter a iniciativa. Com o crescimento dos jornais e das redações tornou-se necessária a instituição da pauta, mas, se por um lado a pauta serve para organizar e planejar melhor o jornal, por outro lado, levou à acomodação do repórter, que aos poucos foi se tornando uma figura passiva no processo.
O autor afirma também, que lugar de repórter (com pauta ou sem pauta) é na rua, pois é lá que as coisas acontecem e a vida se transforma em notícia.
A matéria vai descrevendo o que os jornalistas encontram pela frente. Os objetivos das matérias é fazer com que leitor viaje junto, fazendo com que o repórter cumpra sua função principal: colocar-se no lugar das pessoas que não podem estar lá, e contar que viu como se estivesse escrevendo uma carta a um amigo.
O autor relata também sobre o plantão de domingo e sobre os feriados, quando não há quase nada para noticiar. Quase sem pautas.
Se o assunto foge à rotina do dia-a-dia, o jornal monta um esquema especial de cobertura. Na maioria das vezes nem dá tempo para o repórter se preparar melhor e se informar bem sobre o fato que vai cobrir antes de sair para a rua. Ser convidado para cobrir um grande acontecimento pode significar a consagração ou o fracasso para qualquer repórter que estiver começando. Com um tempo vai se descobrindo que a essência do trabalho do repórter é a mesma.
Mais do que trabalho em si, é essa responsabilidade que provoca um permanente estado de tensão no repórter, enquanto ele não tem certeza de que seu material chegou à redação.
Nas coberturas no Exterior, não basta apenas relatar os fatos que aconteceram, é preciso também ajudar o leitor entender por que tais fatos estão ocorrendo, situando-os dentro de um contexto histórico e lembrando as características de cada país.
Tristeza e alegria são sentimentos que e alternam nos trabalhos de cobertura, e não há como o repórter ficar insensível, nem deve. Afinal, ele é antes de tudo um ser humano igual aos leitores, e precisa transmitir não só as informações, mas também as emoções dos acontecimentos que está cobrindo.
O ramo da reportagem mais difícil é o das chamadas matérias investigativas. É você procurar, descobrir e contar para todo mundo aquilo que se está querendo esconder da opinião pública.
Em qualquer época, uma das funções principais do Jornalismo é fiscalizar os poderes públicos, e é o repórter o encarregado desta tarefa. O trabalho do repórter nunca termina no ponto final da matéria que ele escreveu, ainda mais quando se trata de um assunto polêmico, delicado. O ideal, sempre, é o repórter participar de todo o processo, da pauta até a edição final.
Filão mais rico das matérias chamadas humanas, o perfil dá ao repórter a chance de fazer um texto mais trabalhado, seja sobre um personagem, um prédio ou uma cidade. Para isso, é necessário que ele se municie previamente sobre o tema de que vai tratar.
Cidade, Polícia, Política, Economia, educação e Saúde, Ciência e Tecnologia, Esportes, Artes e Espetáculos: os nomes podem variar de jornal para jornal, mas estas são as áreas em que habitualmente se divide a reportagem nas redações.
Nem sempre uma reportagem ajuda as pessoas na medida em que torna seu drama conhecido. Ao contrário pode acontecer de uma publicação prejudicar ainda mais pessoas que já são vítimas de uma injustiça. Aí surge o maior dilema do jornalista: contar ou não uma história real, que a sociedade tem o direito de conhecer, mas que essa mesma sociedade não encontra meios de consertar?
Kotscho termina o livro falando sobre a grande reportagem. A chamada grande reportagem está desaparecendo dos nossos jornais. Além de custarem caro na fase de produção, ocupa muito espaço, um espaço redacional cada vez mais rarefeito em todos os grandes jornais. E há cada vez menos repórteres dispostos a encarar o desafio de entrar de cabeça num assunto, esquecer tudo o mais, ara, no fim, ter prazer de contar uma boa história.

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